sexta-feira, 25 de março de 2011

Alguns intervenientes numa exportação

Numa exportação seja intra-comunitária ou para um País terceiro, existem sempre algumas entidades que intervêm no processo.

BANCO - Normalmente é através do Banco que o exportador recebe o seu pagamento, seja por transferência bancária, CAD, Crédito Documentário ou Draft.

DESPACHANTE - Entidade creditada junto da Alfandega de um país e que legaliza a operação de exportação junto da mesma.

TRANSITÁRIO - É o seu especialista de transporte, efectuando todo o trabalho de co-ordenação de meios de transporte e emissão dos respectivos documentos comprovativos.

AGÊNCIA DE NAVEGAÇÃO - Interveniente quando o meio e transporte utilizado se efectua por via marítima. Representa o armador do navio em determinado porto e co-ordena as operações de carga e descarga do navio.

TRANSPORTADOR - Encarrega-se do transporte das suas mercadorias desde as instalações do Exportador atè ao local de carga.

ARMAZEM DE EXPORTAÇÃO - No caso de as mercadorias não serem carregadas no meio de transporte internacional (Camião, Contentor ou Furgão) nas instalações do Exportador. Estas devem ser carregadas num armazem próprio devidamente reconhecido pela alfandega para o efeito.

COMPANHIA DE SEGUROS - Dependendo do Incoterm acordado, pode ter de realizar um seguro de transportte para a sua mercadoria

OUTRAS ENTIDADES - Dependendo do tipo de produto a exportar, do mercado de destino e da documentação solicitada pelo cliente, podem ainda ter de intervir outras entidades, tais como Camaras de Comércio, Empresas de Superintendência (Inspecção), Institutos Reguladores de actividades económicas como o INGA ou IVV

CONSULTOR DE COMÉRCIO INTERNACIONAL - Tambem chamado de Consultor de Logística Internacional ou Consultor de Internacionalização. Profissional que representa o exportador junto das entidades intervenientes no processo de exportação. Selecciona as empresas que deverão intervir, coordenando a sua actuação de forma a que o processo de desenrole de uma forma suave e sem sobressaltos, obtendo a melhor relação preço/qualidade dísponivel, certificando-se que toda a documentação necessária é emeitida atempadamente e de forma correcta, tendo em consideração a modalidade de pagamento acordada, bem como as necessidades do exportador e do importador. 
Não sendo uma entidade de intervenção obrigatória, constitui em muitas situações uma valiosa mais-valia, evitando erros e demoras na execução do processo, com a consequente redução de custos. Pode ainda constituir uma solução para as pequenas e micro-empresas sem um departamento de logística Internacional.

Para informações mais detalhadas, contacte Paulo  Nunes Porto através do e-mail: paulonunes.porto@gmail.com ou pelo telemovel 969446897

sábado, 5 de março de 2011

Internacionalização - Que mercado escolher ?

Aspectos a ter em atenção ao escolher um novo mercado


Para qualquer empresa que avançe no processo de Internacionalização, uma das questões que se põe é, PARA ONDE ?

O Mundo é imenso e, de País para País, senão mesmo de região para região, existem diferenças significativas a nivel cultural, legislativo, político, fiscal e de oportunidades. Assim ao pensar na Internacionalização, há alguns aspectos que se devem ter em consideração na escolha de um novo mercado.

LÍNGUA - É aconselhável o correcto domínio da língua nativa do seu novo mercado

CULTURA - Conheça o melhor possível a cultura e os hábitos culturais do seu novo mercado

RELIGIÃO - Certifique-se de que o seu produto ou serviço não colide com preceitos religiosos

CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS - Qual a melhor forma de abordar o seu novo mercado ? (Feiras, Eye-to-eye, etc)

HÁBITOS DE CONSUMO - Conheça os hábitos de consumo do seu novo mercado e analise se o seu produto / serviço se enquadra em hábitos já existentes ou se será necessário criar e motivar o mercado

CAPACIDADE ECONÓMICA - Avalie a capacidade económica actual do seu novo mercado. Veja qual foi a evolução nos últimos 3 anos e quais são as previsões de evolução num futuro a curto e médio prazo.

POPULAÇÃO - Não muito relevante em si mesmo, o conhecimento dos dados demográficos, como índice de crescimento; densidade populacional, distribuição geográfica, distribuição étnica; média etária,  pode em cruzamento com outros indicadores facilitar a decisão final.

POLÍTICA E SOCIEDADE - Que tipo de Governo existe ? A situação política interna e externa são estáveis ? Existem tensões sociais que possam desestabilizar o País ? Existem conflitos externos declarados ou latentes ?

INVESTIMENTO PUBLICO - Qual o nível de investimento publico ? Será que existem projectos de desenvolvimento em curso ou em fase de lançamento ? Se sim em que áreas ? Será que os seus produtos ou serviços se podem enquadrar neles directa ou indirectamente ?

BANCA - Qual è a situação da Banca ?

TAXAS E IMPOSTOS - Analise o sistema fiscal, saiba que taxas e impostos vão incidir sobre os seus produtos ou serviços. saiba quais os encargos que terá de suportar para remeter divisas para Portugal. Existe alguma política de atracção de investimento externo ? Se sim, quais os benefícios e contra-partidas ? Será que o País promove uma política proteccionista ?

LOGÍSTICA  - Analise as infra-estruturas logísticas, a nivel de portos e aeroportos, rede viaria e ferroviaria.  Qual a cobertura geográfica das vias de comunicação. 

INFRA-ESTRUTURA BÁSICAS - Como são e como se encontram as redes de distribuição de àgua, Luz, esgotos, etc.

MEIOS DE COMUNICAÇÃO - Como funcionam as linhas de comunicação de telefone (rede fixa e movel); internet.

LEGISLAÇÃO - Saiba sob que legislação terá de operar e em que medida isso o pode afectar.

CONCORRÊNCIA - Quem é ? Como opera ? De que vantagens dispõe ?

APOIO LOCAL - Poderá dispôr de apoio local ? Nomeadamente ao nivel de Camaras de Comercio, Consulados, etc ?

EMPRESAS PORTUGUESAS - Já existem outras empresas portuguesas no mercado ? Em que medida isso pode constituir uma vantagem para si ?

ACORDOS BILATERAIS - Existem acordos bilaterais com o Estado Português ?

TRADE ORGANIZATIONS - O seu novo mercado pertence a alguma Trade Organization ou tem acordos com outros Países que constituam uma porta de entrada para os seus produtos ou serviços em outros mercados em situação vantajosa ?

POLÍTICA DE VISTOS - Saiba como pode entrar e sair do País

NÍVEL DE INVESTIMENTO - Calcule qual o investimento necessário

Após ter recolhido e trabalhado o máximo possivel de informação seleccione o mercado que lhe parecer mais promissor. Obtenha contactos de empresas locais e visite-as. Aproveite a estadia para se "sentir" a realidade do País, do povo, da cultura, veja como a sua concorrência opera e promove os produtos localmente.

Reanalise a sua opinião e tome uma decisão final.

Para informações adicionais ou esclarecimentos, contacte:
Paulo Alexandre Nunes Porto
e-mail: paulonunes.porto@gmail.com
Telef.: (+351) 969446897 / 219940812

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Internacionalização - Será que me posso Internacionalizar ?

Muito se tem falado de Internacionalização das empresas portuguesas, salientando-se as vantagens daí decorrentes para o País e, para as empresas. Abriram-se linhas de crédito com o intuito de possibilitar e facilitar este processo.

Penso que ninguém questiona que o aumento das exportações de bens e serviços por parte de empresas portuguesas contribui para o equilíbrio da balança de pagamentos de Portugal.

Mas para muitos dos empresários portugueses,  colocam-se duas grandes questões :

Será que a Internacionalização se aplica à minha empresa ?
Como faço para Internacionalizar a minha empresa ?

No que respeita à primeira questão, a resposta é SIM, todas as áreas e sectores de actividade são passiveis de internacionalização, dos serviços ao comércio, passando pela industria, todas as actividades se podem internacionalizar.

No que respeita ao COMO, a resposta já não é tão imediata. É necessário proceder a um mapeamento exaustivo da empresa e dos seus produtos e/ou serviços. De forma a se apurar qual o modelo de Internacionalização a adoptar, qual(is) o(s) mercado(s) mais adequados, bem como quais os ajustamentos a serem implementados na empresa.

Todos os passos do processo de Internacionalização devem ser executados de uma forma pensada e estruturada, tendo em mente o "Controle de Riscos", dado não se tratar de um processo isento de riscos.

Posteriormente iremos abordar diversos outros aspectos do processo de Internacionalização.

Para informações mais detalhadas, contacte Paulo  Nunes Porto através do e-mail: paulonunes.porto@gmail.com ou pelo telemovel 969446897

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Elaborar uma Lista de Preços de Exportação - Alguns cuidados a ter

Ao preparar a sua "Lista de Preços" de exportação há varios aspectos que deve preparar primeiro e que dizem respeito a diversas caracteristicas do(s) seu(s) produto(s), a saber:

- Embalagem - Deve standartizar a embalagem para transporte dos seus produtos. Em seguida apure os seguintes elementos:
           a) Quantidade de artigos por embalagem de transporte
           b) Peso Bruto por embalagem de transporte
           c) Peso Liquido
           d) Dimensões exteriores da embalagem de transporte
           e) Se carga for paletizada, quantas caixas por palete bem como todos os restantes elementos (Peso
               Bruto, dimensões, etc)            

- Quantidade Mínima de Venda - Qual a sua unidade de venda e, qual a quantidade mínima que aceita para efectuar uma venda

- Custos adicionais - Defina quais os custos que deve considerar para serem adicionados ao valor base dos seus produtos, custos como:
         a) Embalagem       
         b) Etiquetagem, rotulos ou manuais de instrucção em outras linguas       
         c) Transporte desde o seu armazem até local de entrega ao cliente, normalmente 1 armazem de transitario em Lisboa ou Porto
         d) Documentos - Em alguns países, é natural que o seu cliente necessite de documentos específicos e determinados, como Certificado de Origem, Certificado Sanitario, Certificado Veterinario ou outros emitidos por um organismo oficial. Saiba como podem ser obtidos e quanto custam os que poderão ser solicitados para os seus produtos.       
         e) Despacho de Exportação - Ao efectuar uma venda para um País Terceiro, ao expedir a sua mercadoria terá de efectuar um Despacho de Exportação, saiba quanto lhe poderá custar       
         f) Outras despesas - Ao efectuar a sua venda, esta poderá ser efectuada com base no Incoterm FOB / FOT, em que todos os custos até a mercadoria se encontrar colocada no modo de transporte (navio, camion, comboio, avião) correm por sua conta. Saiba quais poderão ser e em quanto poderão importar.                g) Pagamento - Para receber o montante da sua factura poderá ter alguns custos (visiveis ou não). Se garantir o recebimento por um Credito Documentario, o Banco que o notificar e/ou confirmar irá cobrar-lhe uma comissão e mais serviços como comuniações, etc, quer ao avisa-lo, quer quando apresentar os documentos para negociação. Se efectuar um seguro de credito, terá os custos da apólice, se garantir a sua factura através duma empresa de factoring, terá de pagar os custos acordados com a mesma, se optar por vender a credito poderá ter de contar com os custos de juros como se pedisse um financiamento
       
Alguns cuidados a ter na sua "Lista de Preços de Exportação"
- Se possivel elabore duas listas, uma para países comunitarios (não necessita de efectuar despacho de exportação) e outra para países terceiros (necessita de despacho de exportação)
- Sempre que possivel a sua "Lista de Preços de Exportação) deve ser em FOB/FOT ou FAS ou FCA
- Para os Países Comunitarios pode incluir ou não o IVA, mas deixando sempre a possibilidade ao seu cliente a opção de pagar o IVA no País de destino, pois poderá ser vantajoso para o seu cliente

Para informações mais detalhadas contacte Paulo Porto através de e-mail: paulonunes.porto@gmail.com ou pelo telemovel. 969446897

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Letters of Credit - How many are they?

There are several different kinds of Letters of Credit, with different benefits and utilities. What kind of Letter of Credit should be used will depend on what your needs are.

THE NEGOTIABLE LETTER OF CREDIT - Probably the most know and used. Might be confirmed or not. Opened from a buyer to a seller through the bank system, clearly states, goods, amount, payment time (at sigh or deferred) and validity. When you present documents to the advising/negotiating/ confirming bank, (and if everything is in order) you'll receive your payment in the agreed timming

THE TRANSFERABLE LETTER OF CREDIT - Most like the negotiable, but with the characterisitic that it can be transfered in part or parts (amount and quantities) from the first beneficiary to a second beneficiary, maintaining the specific details like documents required, dates, Port of shipment etc. And be the time of negotiating documents, the first beneficiary usually only has to present it's own invoices and drafts (if necessary). It's usefull when you are selling goods that you have to buy to someelse.

THE RED CLAUSE LETTER OF CREDIT - In this Letter of Credit the orderer allows a certain amount to be payed to the beneficiary in advance. Usually this Letter of Credit is used when, special manufacturing equipment or raw materials have to be purchased for producing an order. In this case the Buyer takes some risk in financing (in advance) the seller.

THE BACK-TO-BACK LETTER OF CREDIT - Basically when you receive a Letter of Credit non transferable and you need to purchase goods a Back-to-back can be your solution. This Letter of Credit is suported by another Letter of Credit where you are the beneficiary. When opening a Back-to-Back some cautions have to be taken into consideration, in order that the received documents can be used and negotiated for the initial Letter of Credit

THE REVOLVING LETTER OF CREDIT - When the amount of the Credit is used, it is reposted from the beginning. This Letter of Credit is most commonly used when we are dealing with regular shipments (for instance 2500MT monthly) It sates for how may shipments and for how long this Letter of Credit will be valid

THE STAND-BY LETTER OF CREDIT - It's a common payment term in countries like USA. Basically it works as a payment warranty, if buyer fails to pay within the agreed timming, then seller presents documents for negotiation with the bank

Although knowing that this isn't an exaustive presentation on Letter of Credits, I truly hope that it will be helpfull for someone.

If you have any doubt concerning this or other relted subject, please call Mr.Paulo Nunes Porto - e-mail: paulonunes.porto@gmail.com or at the mobile phone (+351 96 9446897)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O Papel dos Agentes de Compra em Portugal


Muitas empresas que com regularidade adquirem produtos de origem portuguesa, possuem em Portugal o que se poderá designar como Centrais ou Agentes de Compras. Com maior ou menor dimensão estas entidades (individuos ou empresas) tem por função a procura, aquisição, controle e embarque dos bens e serviços requeridos pelo cliente.

Ao analisarmos a realidade portuguesa, esta opção toma contornos de necessidade básica. Em Portugal, muitas das empresas que estão a vender e/ou tentar vender os seus produtos no mercado de exportação, não só não dispoem de um departamento com pessoal qualificado para fazer face ás diversas situações que surgem ao se operar no mercado de exportação, como ainda encaram as vendas no mercado de exportação da mesma forma que encaram as vendas no mercado interno.

Ao procurarem produtos portugueses alternativos os importadores debatem-se com inumeras dificuldades, desde a barreira da língua,  a morosidade dos processos burocraticos locais,  atrasos constantes na entrega das encomendas, inflexibilidade dos fabricantes face aos meios de pagamento comumente utilizados no Comércio Internacional, a custos elevados no transporte das mercadorias por serem muitas vezes obrigados a recorrer a soluções desadequadas, como o embarque por via aerea de produtos que poderiam seguir por navio se as coisas fossem efectuadas correctamente até ao envio de contentores maritimos com o espaço subaproveitado porque um ou mais fornecedores atrasou entregas.

Um Agente em Portugal tem entre outras funções a de estabelecer com os fornecedores um contacto de proximidade e controle quer a nivel de preços, quer de qualidade quer ainda a nivel de prazos de entrega. A optimização de entregas e transporte será outra das suas funções. A coordenação entre as condicionantes dos fornecedores e as necessidades do importador constituem a base operacional destes agentes.

È para reduzir os custos dos importadores e, melhorar a qualidade dos serviços que lhes são prestados pelas empresas portuguesas que existimos. Devido ao nosso conhecimento das realidades do dia-a-dia das empresas portuguesas, conseguimos fazer nossas as preocupações dos nossos clientes e, em conjunto,  encontrar soluções.

Assim a existência de um Agente em Portugal é para muitas empresas uma necessidade vital que lhes irá permitir que se empenhem a 100% no desenvolvimento do seu negócio,  evitando o desperdício por parte do empresário de tempo e recursos.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O IVA nas Exportações para Países Terceiros - Parte I

Regra geral as exportações para Países Terceiros encontram-se isentas do pagamento de IVA, no entanto esta frase aparentemente simples necessita de algumas considerações:

Nem sempre é vantajoso que se classifique um envio como uma exportação, uma vez que para que um envio seja classificado como exportação para um País Terceiro é necessário que o envio seja processado através de um despacho de exportação junto da estância aduaneira de saída, processo este que tem um custo variável e, se estiver a recorrer aos serviços de uma empresa tipo Courrier (DHL, ou outra), esse custo rondará os € 70,00.

Vamos supor que você quer enviar peças auto para Cabo Verde, as peças custaram-lhe € 200,00 + 20% IVA = € 240,00, você adicionou a sua margem de  35% , ficando a sua factura final com um valor para as peças de € 270,00 + € 54,00 referentes a IVA , assim nesta situação, se fizesse Despacho de Exportação estará a gastar um valor de € 70,00 para não pagar € 14,00 + € 40,00 = € 54,00, em suma estará com um gasto extra de € 16,00 do que se não fizer despacho de exportação. Propositadamente não inclui valores para portes neste exemplo, uma vez que os “portes de correio” para Países Terceiros, independentemente do peso bruto da remessa se encontram isentos de IVA

Pelo exemplo acima indicado fica claramente disposto que para remessas de pequeno valor e, a serem enviadas por serviços de Correio ou similares, a opção por classificar a remessa como exportação ou não deve ser bem ponderada, pois existem situações em que a classificação como Exportação não é de forma alguma vantajosa para o expedidor.

 Em posts seguintes serão analisadas outras situações envolvendo IVA e exportação para Países Terceiros.

Para informações mais detalhadas contacte Paulo Porto através de e-mail: paulonunes.porto@gmail com ou pelo telemovel. 969446897